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sábado, outubro 17, 2009

Sol ardente - Capitulo 6

Capítulo 6

Quando acordei ainda estava escuro, mas quando olhei pela janela, notei que o céu estava um pouco mais claro de como estava quando era meia-noite, uma cor azul escura. Estimei que tinha uma hora antes de ter que me aprontar para o segundo dia de aula. Espreguiçando-me como um gato, estava prestes a levantar quando ouvi um murmurar de vozes lá embaixo no andar principal. Agucei meus ouvidos até que pude ouvir algumas palavras.
“Nessie ainda está dormindo?”, a voz de Bella subiu pelas escadas.
“Aham”, Rose murmurou de volta. “Cachorro idiota que a cansou daquele jeito. Escalar árvores e pular! Tentando matá-la, eu acho”.
“Rose”, Alice avisou, “ele não estava tentando machucar ninguém. Ela teve um dia cansativo na escola, e estava provavelmente exausta antes mesmo de ir caçar. Também foi idéia dela de pular”.
“Bem como a mãe dela, não é?”, Emmett riu. Mãe? O que ele quis dizer com isso?
“Acho que Nessie está acordada”, Edward disse, e então chamou das escadas. “Querida, se está acordada, venha e se junte a nós.”
Bocejando suavemente, pulei da cama. Examinando minhas roupas, cheguei a conclusão de que meus pais colocaram meu pijama antes de me colocar para dormir. Uau, eu devia estar mesmo bem cansada para nem perceber. Enfiei um par de jeans e uma camiseta verde simples, corri escada abaixo antes mesmo de um segundo se passar.
“Bom dia pra todo mundo”.
“Bom dia, Ness.”
“Como você dormiu?”
“Como uma pedra. Provavelmente por causa da escola”, disse. Edward sorriu para mim, sabendo que eu estava ouvindo aquela parte da conversa. Achei que o resto deles sabia que estava ouvindo escondida, então continuei “E não culpem Jake. Foi tudo minha culpa”.
“Aquele cachorro imundo foi quem te levou para a árvore em primeiro lugar”, Rose rosnou.
“Rose, vamos. Seja boazinha”, pedi, e vi sua expressão suavizar quando caiu sobre a minha. Ela sempre tinha um coração mole por mim.
“Então, cadê o Jake?”, perguntei olhando em volta, e só vendo meus pais, Alice, Rose e Emmett. “E Carlisle, Esme e Jasper?”
“Carlisle está no trabalho de novo. Ligação de emergência no meio da noite. Esme e Jazz estão caçando para um lanchinho rápido. E Jacob ainda está apagado”. Alice apontou para onde o quarto dele era na casa. Meu olhar seguiu o dela, bem a tempo de ouvir um ronco estrondoso tremer as paredes.
Todos vivíamos debaixo do mesmo teto; era mais conveniente e fácil do que tentar explicar para os humanos porque Bella vivia conosco enquanto seu suposto primo Jake não. No inventário haviam: setenta e dois degraus, cinquenta e seis janelas, quarenta e sete portas, dezenove pias (duplas contando como duas), doze sofás (alguns em quartos), doze carros (e ainda contando), onze quartos (um para cada um de nós, e um quarto de hóspede), onze banheiros, onze closets, onze camas, dez escritórios, oito televisões, sete poltronas, quatro jacuzzis, três andares, três computadores, dois grandes pianos, dois acres, duas piscinas, uma casa, um sótão, um porão, uma cozinha, uma sala de estar, uma sala familiar, uma sala de jogos, uma garagem gigantesca, e um perdiz que ficava em um pé de pêra. Ok, não um perdiz porque provavelmente já o teríamos comido. Sem brincadeira.
Todos nossos quartos eram no terceiro andar. Em ordem vai de Carlisle, Esme, Alice, Jasper, Emmett, Rosalie, Bella, Edward, Jacob e eu. Meu pai sempre brinca que ele sempre estará ouvindo Jake.
Quando meu olhar parou onde a forma de Jacob estaria, meus lábios se curvaram perversamente com o pensamento que me veio. Virei para Edward e ele instantaneamente viu qual era minha idéia. Seus olhos dourados brilharam de júbilo, ele acenou concordando e segurando uma risada. Corri escada acima em um flash, meus pés descalços encostando no chão silenciosamente. Ouvi Alice perguntar frustrada sobre o que eu estava aprontando (ela ainda estava chateada por não poder ver lobisomens, mas ela definitvamente estava trabalhando nisso) e o porque de Edward rindo em resposta.
Empurrando a porta do quarto de Jake um pouquinho, espiei e então silenciosamente escancarei a porta. Ele estava espalhado em sua cama gigante, braços e pernas entrelaçados com lençóis e travesseiros. Sua boca aberta enquanto um ronco estremecedor se rasgava pelo quarto. O quente e amadeirado aroma, que era único nessa casa, entrou pelos meus sensos enquantro entrava. Ele estava vestido apenas com uma calça de moletom velha, peito nu como sempre. Seu peitoral subia e descia em movimentos enormes, enquanto seus pés se mexiam durante o sono, bem como os de um cão. Vagamente pensei sobre o que ele sonhava.
Quando estava a alguns metros da beirada da cama, me agachei e me lancei no ar em um arco gracioso, girando até que alcancei a borda, e então mergulhei como uma bomba nele. Bola de canhão.
Aterrizei com uma pancada em seu estômago de aço, e ele meramente gemeu um pouquinho com o impacto. Droga de genes de lobo estragaram minha brincadeira. Abrindo um olho, ele procurou meio desnorteado pela fonte de seu golpe, até que seu olhar se prendeu ao meu feliz. Me espalhei em cima dele, apoiando-me nos cotovelos e levando meu rosto bem perto do dele.
“Acorda Acorda, Jakey”, cantei como galo, e fui derrubada quando ele me deu um grande e lambuzado beijo na bochecha. “Eca, Jacob!”
Ele sorriu como um lobo para mim, e envolveu seus braços ao meu redor enquanto eu reclamava. ” Sua consequência por acordar um lobo: Você agora é minha prisioneira”. Seus braços se apertaram em um abraço de ferro. Por mais que eu lutasse, não conseguia soltar.
“Jake”, reclamei antes de perceber que ele não estava me deixando ir. Caí em silêncio e o fiquei olhando, desafiando-o a quebrar o contato visual. Ele não quebrou. Depois de alguns minutos, fiquei consciente do fato de que Jake estava me olhando estranhamente, suas sobrancelhas juntas em um pensamento profundo. Antes de que eu pudesse perceber que emoção estava escondida atrás de seus olhos escuros, ele pulou em posição de sentar, me levando consigo.
“Estou com fome”, ele anunciou, e me agarrou em seus braços sem olhar diretamente nos meus olhos. Chutando a porta para que abrisse, Jake me carregou como um bebê para a cozinha, onde meu pai já estava preparando ovos, outro dos meus favoritos. Mas enquanto eu estava mordiscando a comida no prato que estava a minha frente, minha mente não conseguiu evitar de vagar outra vez por aquela estranha emoção que vi antes em seus olhos.

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